quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Deixando de escrever filosofias pesadas para falar um pouco de amor.

Noite. Ônibus lotado como sempre. Observo-te sentada em um dos bancos da frente, mas é quase impossível chegar, pois as dezenas de corpos que cabem no metro quadrado já não querem se permitir uma boa educação, a essa hora da noite, o bastante para não deixar eu me aproximar de você.
Frustrado eu desço ligo os fones altos é o que me resta fazer.

Engraçado que dias depois te vejo caminhando nas ruas do bairro, mas faltam palavras, esboça-me um sorriso, será de deboche? Será um convite para uma conversa? Perguntas que ecoam em um quarto escuro em uma noite qualquer.

Prossigo com o mesmo ritual não importa o cansaço, TV no silencioso computador ligado apenas para escrever algumas das coisas que estão na memória e no pensamento, afinal deve-se escrever como se fosse o ultimo dia da sua vida, então cá estou eu, fazendo declarações para alguém que desconheço pessoalmente. Por quê? E agora? Não sei. Sei apenas que expressar-se é a minha sina.

Há! Penso!
E se esses acordes saíssem dessas quatro paredes e alcançassem seu coração, será que esse seria um trunfo para uma conquista?
Vai saber, eu tento, mas não consigo parar de pensar em possibilidades ruins, esse jeito sistemático me causa problemas sérios, mas agora já é tarde pra mudar isso.

Enquanto alguns contam vantagens eu conto fracassos e frustrações, mas isso não é de todo um mal, apenas temo que esses vinte anos, virem 50 em algumas piscadelas dos meus olhos e eu veja a vida passar sem jamais te encarar os olhos pra dizer minhas verdades.

Já não sei definir.

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