segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Alguns Acordes.



Vejo-me de joelhos, temo ver as horas agora, elas devoram tudo o que tocam, lembram que o instante passa tão, mais tão depressa. Logo  penso: uma piscadela e eu posso perder tudo de vista.

Tornar-se não-ser já não nos afeta. Textos pesados do Schopenhauer me fascinam, prendem a minha atenção e me mostram que é tolice se preocupar tanto com as horas.

Musicas da época do ensino médio voltam ao player. Nostalgia. Boas e velhas lembranças de uma época também confusa mais muito bem vivida. Alias o que seriamos sem os problemas, é de fato o que torna as nossas vidas interessantes, ou muito perturbadoras.

Sinto que alguns acordes escaparam o que me preocupa é não saber onde foram parar aquelas notas. As coisas que sinto nessa época tornam-se um desejo voraz de imortalizar as pessoas e as idéias. Pois só existe o agora. Esse agora. E se pudesse parar o tempo, esse tempo onde as coisas estão ótimas? Mas isso me traria tédio, preciso das confusões pra me sentir vivo, preciso das dores pra me sentir melhor.

O que eu seria sem isso, sem as dores, sem a solidão, sem as cervejas, sem as guitarras, sem esses versos.

Minha felicidade é gananciosa, e como diria Raul Seixas, sou tão egoísta que meu egoísmo é a vontade de ajudar as outras pessoas. No final se ajudar e ser melhor!

De fato: quando nos vemos como iguais nos respeitamos. Sem achar alguém melhor ou pior e sim equivalente em forças.

Acabo me perdendo nos meus próprios textos, assim como os passos, sigo na madruga, andando por ai, compreendendo as coisas e as pessoas, ou talvez não.


O que importa?

Eu sigo! E pronto,




Um comentário:

Lidi Dias disse...

Seus título é inverso...
São vários acordes dentro da sua alma e desse coração cheio de sentimentos para viver um agora new!
Parabenizo pelo excelente texto!!
Visão, opinião, razão, paixão, passado e o agora!
Muito bom meu amigo!
Desejo-te uma Excelente início de semana!
Beijos na sua Alma