segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Contos...

Amanhecera. 
Uns drinks, umas broncas uns versos espalhados por anos e anos de convivência e sabedoria. O laranja do sol rouba a escuridão da noite, as luzes se debatem e refletem na parede das casas e dos prédios e as vivas cores perturbam os olhos pela sua intensidade. Deve ser difícil ser o sol, pois jamais pode ser encontrar com a lua, seus opostos diferem seus amores, mas mesmo assim se amam.

Os pés ficam apoiados na mesa de centro, o vidro reflete seu jeans apertado e surrado, como tambores, teme que o barulho que faz teu coração seja ouvido pelos quatro cantos da sala, não sabia esconder muita coisa, logo percebeu que isso era mais do que evidente. Embora pequeno, o lugar era aconchegante e emitia uma luz tênue e singela que acometia de uma solidão querida e desejada, começara a aprender que a solidão era necessária e devia ser utilizada com combustível para seus relacionamentos. Os jovens respiram solidão.

O asfalto é frio, mas ele ama, a madrugada, o silêncio, dava pra ouvir até a própria respiração oscilante, os fones transportavam ele para onde quisesse, para o passado ou futuro, lembrava das dores e dos amores, sabia quais eram os erros cometidos, não queria errar dessa vez. O som dos carros contando o vento era como musica, inspiravam a pensar nas curvas e da pele macia dela, logo descrevia e re-escrevia sobre seus lábios, os pequenos lábios de sua pequena, eram delirantes, eram perigosos. Mas perigo e medo excitam a qualquer homem, sem machismo barato, mas é como um motor de um carro, sempre incita em desejos de acelerar mais e mais.

Dorme, mas antes, percebe que ela permanecera sem seus sonhos.


Foto por: Junior Colarini


Um comentário:

Tábata Borges disse...

Essa Bitch deve mesmo ser uma cigana oblíqua . Hahaha

Bom texto, mas confesso que li várias vezes, porque estou lerda de sono --'

Falando em ler, que lembra letras, que lembra escrever, preciso escrever.

Boa noite ;*