terça-feira, 13 de março de 2012

Um Break na cidade sem sono

“A 4° maior cidade do planeta para, sem combustível”


A cidade cinza reflete o desespero inicial de um surto causado por uma ordem não pensada: um plano de ação para desentupir as veias da megalópole e fazer o trânsito fluir apenas com veículos leves, foi um tiro cego para quem não pensou no impacto que um plano mal pensado poderia causar no bolso e na vida de milhões de paulistanos.

As nuvens de poluição, até seriam minimamente suavizadas sem a toxina liberada pelos caminhões, mas a pressão e a responsabilidade com que cada caminhão de combustível tem com a cidade devem ser levadas a sério. Por conta da greve e a paralisação do “sangue da cidade”, afinal ainda dependemos de petróleo, gerou uma situação absurda: pessoas desesperadas com medo de ficar sem combustível, aumentando a demanda sobre o produto. Os postos sem nenhum tipo de reabastecimento, elevaram os preços e utilizaram a situação para lucrar um pouco mais, e porque não?  É mercado, e crise também é mercado. Imagine só uma cidade como São Paulo sem combustível nas bombas: seriam ônibus parados, taxis, carros e uma superlotação nos metrôs, que já são lotados por natureza.

O plano para um contorno nesta situação de crise, seria a anulação da lei para que assim as coisas voltassem para a sua normalidade caótica, por hora, e montar uma estratégia elaborada de fato para o desafogamento da capital. Punições financeiras aos postos de combustível, pela prática predatória e oportunista para a obtenção de lucros exagerados e algum tipo de indenização para quem comprovadamente fora afetado pela paralisação. Sim, e por que não? Paga-se tão caro pelo carro e seus impostos, e mais caro ainda pelo combustível. Mesmo assim deve-se pagar ainda mais, quando o sistema falha?

Talvez com esse pensamento, haveria uma confiabilidade melhor da população para com o estado, os indivíduos se sentiriam abraçados e mais protegidos pelas leis e não o contrario como ocorreu mais uma vez.



Um comentário:

See N' Feel disse...

Olá, David. Ha tempos não passava por aqui. Estava devendo, também ando sem escrever.
Como sempre, parabéns pelos textos!!!

Beijos!