quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Eu estava em Macondo um dia desses...

Sentei na guia da rua recentemente asfaltada, as primeiras calçadas começavam a ser produzidas após vinte poucos anos, a atenção se voltou ao pequeno bairro de uma pequena cidade. Comemorável, enfim um pouco de evolução, porém, mascaradas por formas marketeiras de fazer política e de ser lembrado. Oportuno, sagaz e sujo.Mas tudo isso já era normal, já tão normal que nem era um absurdo e eu apenas observava o novo espetáculo se formando.

Tudo até parecia ser escrito pelo mestre Gabriel Garcia Marques, derrepente me vi andando em Macondo ( Aldeia criada no romance Cem Anos de Solidão), as paredes das casas feitas de espelhos mostravam o carnaval que a vida faz a cada novidade. Sorrisos, futebol de rua, som alto e carne assando em uma churrasqueira improvisada na calçada semi-pronta. Dentro, meu personagem dizia - Deixem-os felizes caro Rangel, ao menos eles estão se divertindo ao contrário de você!

É interessante como pequenas ações nos compram sorrisos e os tapinhas nas costas embebedam o ego, que vai dançando a dança proposta pelo patrocinador daquela falsa atenção. Somos tão tolos não? Nos deixando levar por uns sorrisos amarelos e de canto com um olho-a-olho discreto e com reais intenções omitidas pela ingenuidade da nossa vontade de socialização.

Ora, Temos o Facebook e o Twitter, dentre dezenas de redes sociais que estão se espalhando, e perdemos horas nos socializando com as pessoas, é o que pensamos, mas seria mais sensato esquecer os mimos e os pequenos detalhes de um governo e outro e focarmos nos verdadeiros problemas que existem de fato em nossos municípios.

Ao menos tentemos.

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