terça-feira, 31 de julho de 2012

Escoamento

Sinto-me arrastado. Sê fosse por mim eu estaria em uma cama e por lá ficaria até as coisas melhorarem. Sê não fossem meus sonhos eu certamente ficaria nesta cama o ano inteiro, mas levo meus sonhos a sério e isso me retira o conforto de querer me entregar a depressão.


Noites voam, duram segundos. Me sinto exausto. Preciso de férias.


Escravo das próprias vontades, se eu parar um segundo só para respirar não haverá reconhecimento algum, me assisto por uma janela, é doce o impressionante levar da vida. Aonde vamos?


Planos que ficam debaixo da coberta aquecidos pelos mais grossos cobertores de conforto. Preciso vencer isso.


Nem posso descrever com exatidão as coisas que passam neste exato momento na minha cabeça, pois tenho a pessíma certeza de elas serão re-utilizadas contra mim. Tem uma sindrome de Prometeu queimando minha cabeça, não quero acreditar nela mais é o que vejo.


As vontades escoam depressa por ralos e ruas e o chão abre. É solidão.


Pressões de ter um bom emprego, ter um bom salário, ter uma boa casa, ter um bom carro e ter um cachorro chamado "Chefe". São só para ter reconhecimento? Deles? Meus?


Entreternimento demais, faltam definições. Falta algo novo que já foi velho. Tradições.


Idealização. Agora todo mundo é feliz demais ou triste demais nas redes. Eu só sou real, vivo um inferno e um céu todos os dias. Sou real. Caras como eu colocam as coisas na cabeça e vão até o final. O nome: Força de vontade, determinação, foco ou simplesmente cabeçadurismo. Não sei, sei que me faz andar.

Mas o que quero mesmo é poder sair do chão.



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